quinta-feira, 24 de março de 2011

Comunidade do Campeche Unida em prol da água

Fonte: Notícias do Dia Online

Mônica Amanda Foltran

Em alusão ao dia internacional da água, comemorado no dia 22, moradores e integrantes de movimentos sociais se uniram na avenida Pequeno Príncipe, no Campeche, para protestar e alertar a população quanto ao desperdício e destruição do meio ambiente. Com faixas e cartazes, os participantes alertavam sobre o crescimento desordenado da região, bem como o descarte desordenado do lençol freático para a construção de novos empreendimentos.

“Em Canasvieiras sempre sofremos com a falta de água, aqui estão secando o lençol freático para fazer empreendimentos. Isto é um absurdo”, reclama o morador, Nelson Peterson, que faz parte do movimento SOS Canasvieiras. “Vamos também na Lagoa da Conceição e depois nos Ingleses. Vamos unir os movimentos. Em Canasvieiras pagamos a taxa de esgoto, um serviço que não é prestado”, completa Sandra Petersen, também do SOS Canasvieiras.

No Campeche moradores questionam o Plano Diretor elaborado por uma empresa particular contratada pela Prefeitura de Florianópolis. “É uma discussão que tem que ser feita de forma participativa. Desde 2008 encerraram as discussões. Ficou pela metade. Mas o processo tem que ser participativo do começo ao fim”, coloca Janice Tirelli que faz parte do Núcleo Distrital do Campeche. “Hoje temos uma série de licenças dadas para aprovação de novos empreendimentos. Queremos a paralisação de obras no Campeche para podermos discutir como poderemos continuar”, explica Janice.

“Tivemos o dia internacional da água, o mundo inteiro preocupado com o racionamento e a nossa indo pelo ralo”, lamenta a moradora Telma Piacentini.


Moradores querem Pacuca

Entre as mobilizações moradores plantaram mudas na área de 323 mil metros quadrados paralela a avenida Pequeno Príncipe, no Campeche. De acordo com a comunidade a reivindicação é que o local, antigo ponto de pouso de aviões e que pertence ao Patrimônio da União, seja transformado em um Parque Cultural do Campeche – o Pacuca.

“Meu pai era aeromodelista aqui. Utilizávamos esta área para lazer, precisamos dar continuidade”, destaca o morador da região, Renato Daud, 45, que ao lado dos filhos, Alan e Igor Mansur, plantavam mudas.

As manifestações contaram ainda com atividades com as crianças, discursos e interação com a população.

Fotos: Rosane Lima/ND

2 comentários:

Mariana Cida disse...

Que bonito isso....
A união é que faz a força!

Mariana Cida

Sandra Petersen disse...

Damos um imenso valor ao envolvimento comunitário. Precisamos, de fato, unir as forças. O poder público, inclusive, depende de nós para agir e colocar em prática o que necessitamos. Ele depende de nossas denúncias, sugestões, críticas.
Dificilmente, alguém, do poder, virá aos nossos bairros e perguntar:
" O que podemos fazer para ajudar?"
DEVERIAM, mas não o fazem!

Sandra Petersen