terça-feira, 30 de março de 2010

Reportagem no Jornal do Almoço - 30/03/2010

Na edição de hoje do Jornal do Almoço foi transmitida uma matéria sobre os problemas de esgoto na praia de Canasvieiras. A reportagem é de Rafael Belincanta.

segunda-feira, 29 de março de 2010

CANASVIEIRAS : MORTE ANUNCIADA

Durante o ano, Canasvieiras é um paraíso para se morar. Mas na alta temporada, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, transforma-se num inferno.
Areia cheia de bitucas de cigarro. Papéis. Embalagens plásticas. Palitos de madeira dos queijinhos assados e picolés. Latas de cerveja. Sabugos de milho.
E não se diga que não existem lixeiras. Porque elas existem de trinta em trinta metros. E os garis, em dupla, rastelam a praia bem cedo. Mas o povo não colabora.
Banheiros públicos não existem ao longo de toda a praia. Trinta ou quarenta mil pessoas urinando e defecando dentro da água. Águas pululando de coliformes fecais.
Turistas voltam para casa e não há água nas torneiras nem para o banho pós-praia. E nem para fazer comida. Revolta dos turistas nas imobiliárias contra a falta de água. Nos hotéis ainda existem grandes reservatórios de água. Caixas d'água que não são limpas há anos. Mas muitos hóspedes se queixam da falta de água. E do preço das diárias diante da falta de água.
Mobilidade urbana prejudicada. Estressante. Autoridades deixaram para arrumar a pista justo na época do veraneio. Formam-se engarrafamentos demoníacos. Para ir ao centro da cidade : uma hora e meia. Mais uma hora e meia para voltar. Perde-se uma manhã ou tarde para ir ao centro. Quem usa os ônibus corre o risco de tomar um tiro ou ser assaltado nos terminais rodoviários. Basta que traficantes resolvam tirar suas diferenças e discutir pontos de venda no terminal.
Fugas diárias de presos das cadeias e dos presídios. Arrombamentos. Ausência de policiamento ostensivo na praia. Os ladrões ficaram tão ousados que roubaram a casa do coronel chefe da polícia militar estadual.
Venda informal de todo tipo de alimento e produtos na praia sem que a fiscalização se faça presente de forma continuada. Milho em água quente e suja, queijo acondicionado em temperatura inadequada. O famoso "choripan", carne de procedência duvidosa assada na carrocinha e colocada dentro do pão. Pastéis. Sanduiches. Cocadas. Dezenas de nordestinos vendendo redes. E também vestidos de praia, chapéus, cangas. E milhares de óculos falsificados. E mais colares e pulseiras metálicas. Tudo ao arrepio da lei. Às vezes, não se consegue conversar na praia porque os vendedores e camelôs chegam em hordas, de trinta em trinta segundos, e o turista tem de dizer "obrigado, não quero".
Centenas e centenas de cães errantes defecando e urinando na praia, ao lado de crianças brincando. Para não falar nas madames e dondocas que passeiam com seus cães pela coleira.
Esgotos sendo lançadas diretamente na praia. Jornais publicam locais proibidos para banho. Perto do trapiche desemboca um rio de fezes e urina. Durante a noite inteira a praia é iluminada por pedras de crack incandescentes. Baderneiros gritam pelas ruas desrespeitando a lei do silêncio. Não há para quem reclamar. Ou se reclamam ou reclamaram, certamente não foram ouvidos.
Há dias em que a faixa de areia da praia desaparece. Até hoje não se implementou o famoso plano de dragagem que faria a praia aumentar de largura.
Estão matando a galinha dos ovos de ouro. Ano a ano diminui o número de veranistas. Aumenta a desocupação de hotéis e pousadas.
Noto em muitas pessoas - principalmente ligadas a interesses comerciais e empresariais - o receio de tratar abertamente desses problemas com medo de que os turistas não venham e sejam prejudicadas em seus negócios. Em outros, noto um total desconhecimento de exercício de sua cidadania e uma submissão aos que detém poder e capital. Também ainda constato em outros o medo puro e simples e a omissão como forma de comportamento, isto é, existe a turma que empurra os problemas com a barriga. E que é adepta do "vamos deixar como tá pra ver como é que fica".
Eu decidi, por escolha do meu coração, passar os últimos anos de minha vida aqui. Pois amo esta praia. Adoro esta ilha da magia. E não posso me calar diante do processo de deterioração que ela está sofrendo.
Para quem reclamar ?
O que fazer ?

James Pizarro
Prof. da UFSM (aposentado)
Rua Hypólito Gregório Pereira, 745
Canasvieiras

domingo, 28 de março de 2010

SOS Canasvieiras

O SOS Canasvieiras é um movimento que nasceu da insatisfação e preocupação de um grande número de moradores e proprietários de imóveis em relação ao descaso das autoridades com o bairro, onde a sadia qualidade de vida está ameaçada. A falta de saneamento básico, esgoto invadindo o mar, e as falhas de infraestrutura, como a inexistência de banheiros e chuveiros na praia, prejudicam não só a população moradora como também os turistas, que trazem recursos para este local. Para se ter uma idéia, na temporada de verão de 2010, houve um surto de gastrointerite que se tornou um caso muito sério de saúde pública, e foi a gota d’água para que nos mobilizássemos.

Este espaço foi criado para divulgar os problemas e ajudar a resolvê-los o mais rápido possível, com o apoio de cada um, com a ajuda da imprensa, a colaboração de entidades comunitárias e com o comprometimento dos responsáveis do poder público.

Para divulgar, denunciar, criticar ou sugerir, envie um email para soscanas@yahoo.com.br . Vamos fazer desse espaço o porta-voz das necessidades de Canasvieiras.

sábado, 27 de março de 2010

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